A relação entre a França e os romanos, dos tempos de Júlio César, ficou indelevelmente marcada na minha imaginação a partir das aventuras de Asterix, o Gaulês. É impossível visitar este circo romano, por exemplo, em Arles, à beira do Ródano, sem lembrar-se daquelas historinhas em quadrinhos. Construído pelos romanos, este estádio ainda é utilizado (em vez de cristãos e leões, são touros e outros animais). Imponente, grandioso, do alto de seus muros dá pra ver praticamente toda a cidade. E para chegar às arquibancadas, circula-se por dentro de suas paredes e entre seus arcos.
Desculpem a imagem grosseira, mas não resisto ao impulso de compartilhar a surpresa com vocês. É o interior de um dos banheiros públicos do circo romano de Arles. Este tipo de louça sanitária, onde o cidadão ou a cidadã fica numa posição organicamente mais favorável ao livre curso da natureza, também era usada no Brasil há alguns anos. Lembro que na década de 60, quando estudei no Colégio Catarinense, em Florianópolis, tinha várias dessas.
É muito comum encontrar este tipo de "moldura" nas casas de comércio. Não sei a antiguidade dessa prática nem me aprofundei nas suas razões, mas o efeito é muito simpático. Se clicarem na foto, poderão ver que se trata de uma loja de galinhas (e outras aves) de cerâmica.
Em Arles, mais precisamente numa casa de saúde, viveu durante algum tempo Vincent Van Gogh. A foto acima mostra o jardim no centro do hospital onde ele esteve internado, que é mantido da forma como aparece em alguns de seus quadros.
Uma pequena pausa para recuperar as energias. E, de sobremesa, experimentar um Crêpe Suzette à moda de Arles.
No caminho para casa, já no final da tarde, passamos por St. Rémy, uma cidadezinha muito interessante, onde resolvemos parar para jantar. Sem ter qualquer indicação, escolhemos esta brasserie da foto, que nos pareceu mais convidativa. Estávamos nas primeiras taças, ainda pensando sobre o que pedir, quando o fato de ter caipirinha no cardápio (com uma descrição, em francês, bem exata do que seja esse drinque exótico) nos chamou a atenção. Dentro do restaurante ouvia-se alguém falar em português ou o que nos parecia ser português.
Quando o garçom veio anotar os pedidos, perguntei se alguém falava português. E aí descobrimos que estávamos num restaurante tocado há cinco anos por uma baiana, que é a chef, casada com um italiano. E quem falava português era o filho, com amigos de outros países lusófonos. Ela veio à nossa mesa matar a saudade da sonoridade da língua materna e jogar um pouco de conversa fora. Contou que conheceu o marido no Brasil e depois veio com ele para a Europa. E, naturalmente, conheciam Florianópolis.
O mais interessante é que, afora a caipirinha, o cardápio e o restaurante são perfeitamente franceses. Resistiu, a nossa compatriota, à tentação de fazer alguma coisa típicamente brasileira. Que, como ela argumentou, talvez não tivesse muita aceitação numa pequena cidade do interior, sem muitos brasileiros por perto. Em muitos lugares, a freqüência desses restaurantes étnicos é fundamentalmente construída por fregueses oriundos da mesma região.
Desculpem a imagem grosseira, mas não resisto ao impulso de compartilhar a surpresa com vocês. É o interior de um dos banheiros públicos do circo romano de Arles. Este tipo de louça sanitária, onde o cidadão ou a cidadã fica numa posição organicamente mais favorável ao livre curso da natureza, também era usada no Brasil há alguns anos. Lembro que na década de 60, quando estudei no Colégio Catarinense, em Florianópolis, tinha várias dessas.
É muito comum encontrar este tipo de "moldura" nas casas de comércio. Não sei a antiguidade dessa prática nem me aprofundei nas suas razões, mas o efeito é muito simpático. Se clicarem na foto, poderão ver que se trata de uma loja de galinhas (e outras aves) de cerâmica.
Em Arles, mais precisamente numa casa de saúde, viveu durante algum tempo Vincent Van Gogh. A foto acima mostra o jardim no centro do hospital onde ele esteve internado, que é mantido da forma como aparece em alguns de seus quadros.
Uma pequena pausa para recuperar as energias. E, de sobremesa, experimentar um Crêpe Suzette à moda de Arles.
No caminho para casa, já no final da tarde, passamos por St. Rémy, uma cidadezinha muito interessante, onde resolvemos parar para jantar. Sem ter qualquer indicação, escolhemos esta brasserie da foto, que nos pareceu mais convidativa. Estávamos nas primeiras taças, ainda pensando sobre o que pedir, quando o fato de ter caipirinha no cardápio (com uma descrição, em francês, bem exata do que seja esse drinque exótico) nos chamou a atenção. Dentro do restaurante ouvia-se alguém falar em português ou o que nos parecia ser português.
Quando o garçom veio anotar os pedidos, perguntei se alguém falava português. E aí descobrimos que estávamos num restaurante tocado há cinco anos por uma baiana, que é a chef, casada com um italiano. E quem falava português era o filho, com amigos de outros países lusófonos. Ela veio à nossa mesa matar a saudade da sonoridade da língua materna e jogar um pouco de conversa fora. Contou que conheceu o marido no Brasil e depois veio com ele para a Europa. E, naturalmente, conheciam Florianópolis.
O mais interessante é que, afora a caipirinha, o cardápio e o restaurante são perfeitamente franceses. Resistiu, a nossa compatriota, à tentação de fazer alguma coisa típicamente brasileira. Que, como ela argumentou, talvez não tivesse muita aceitação numa pequena cidade do interior, sem muitos brasileiros por perto. Em muitos lugares, a freqüência desses restaurantes étnicos é fundamentalmente construída por fregueses oriundos da mesma região.
2 comentários:
Feliz Viagem, Cesar!
Adorei Ler!
Que vocês sejam muito felizes nessa temporada na Provence!
A bientot!
O PINICAO QUE VOCE FOTOGRAFOU, VI UM BANHEIRO EM UMA EMPRESA DE CULTIVO DE MAÇA EM FRAIBURGO, ONDE OS FUNCIONARIOS UTILIZAM ESTE TIPO DE LATRINA, E FAZ POUCO TEMPO, COISA DE UM MES ATRAZ.
E O ESTADO DE CONSERVAÇAO NAO ERA LA ESTAS COISAS, NEM O "" PARFUN ""
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